Uma semana após a reabertura do Pronto-Socorro de Itaquaquaquecetuba, na Região Metropolitana de São Paulo, apenas dois médicos faziam o atendimento de dezenas de pessoas.
A Prefeitura de Itaquaquecetuba já deu início ao processo de contratação e, para atrair os profissionais, a administração pública vai oferecer uma gratificação por desempenho. A lei que institui o benefício foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira. “Precisamos que os médicos contratados venham trabalhar para atender a população adequadamente”, explica a enfermeira assistencial, Magda dos Santos.
Plantões
As escalas de plantões, segundo a diretora do pronto-socorro, estão fechadas de segunda a sábado. Mas o pronto-socorro depende dos médicos aparecerem para trabalhar. No domingo, por enquanto, não haverá médicos na escala. “Tem que ter paciência e muita gente não tem e, por isso, acaba brigando”, diz a dona de casa Rosangela da Silva.
Fechamento
A Prefeitura de Itaquaquecetuba anunciou o fechamento da unidade no fim da tarde do dia 9 de fevereiro por causa da falta de médicos. Chegamos a fazer uma matéria sobre o assunto no dia 26 de janeiro, quando pacientes saíam do pronto-socorro sem passar por consulta por causa da falta de médicos.
Durante os cinco dias em que as portas ficaram fechadas, o atendimento era feito em uma ambulância, do lado de fora, onde ocorria uma triagem e os pacientes eram encaminhados para outros locais.
No dia 14 de setembro, quando houve a reabertura, a reportagem mostrou que quatro plantonistas, entre pediatras, cirurgiões e clínicos gerais recomeçaram o trabalho do pronto atendimento que foi fechado. Contudo, mesmo com a reabertura, o local ainda não funcionava plenamente como pronto-socorro, segundo a diretoria. Pacientes com problemas mais graves eram encaminhados ao Hospital Santa Marcelina.
Aumento da demanda em outras unidades
A Secretaria Estadual da Saúde na cidade de Itaquaquecetuba informou no dia 13 de fevereiro que houve aumento de 50% na procura por atendimento no pronto-socorro do Hospital Santa Marcelina por causa do fechamento do pronto-socorro do Hospital Municipal de Itaquaquecetuba. “Assim como acontece em qualquer unidade de saúde, seja ela pública ou privada, os casos urgentes, em que há risco de morte, são priorizados. Porém, nenhum paciente deixa de receber atendimento no local”, afirmou a secretaria em nota na época.
Fonte: G1